Doce caminho
Quem caminha a passos lentos como se pisasse um jardim de rosas sem lhes ferir uma pétala sabe que dor não se cultiva.
Quem sorri a um mendigo como sorri a um príncipe sabe que sofrimento é purificação.
Quem aprendeu a não ter inimigos sequer terá a última como ameaça.
Almas assim não se libertam. Já estão livres por essência. Estar aqui ou lá para elas é indiferente.
Pobre de nós que precisamos desses pingos de luz e lamentamos quando alguns deles se apagam.
Na verdade não se apagam. Mas estamos prontos para enxergá-los além?
Quem é essa doçura de alma que cura a maldade do mundo com sua simples presença?
Quem é Deus? Olhe para esses cabelos brancos e comece a descobri-lo em sua pureza.
Ela não reclama.
Ela sorri sempre.
E se basta em sua pureza.
Esboço de infinito.
Por isso permanece
A rogar por um mundo melhor.