quarta-feira, 30 de abril de 2008

Céu de prata


Cansada de vagar sob os olhares do cruzeiro, ela voltou sua alma para os céus de prata. De um lado, descobriu seu encanto, do outro percebeu que encanto também se cativa.

Assim, aquela menina morena voltou à sua pátria, mas não sem antes transbordar na alma uma felicidade celeste.

Amor aos montes, em conta-gotas, de prata e de praia. De vento frio e céu do oriente que dali por diante a orienta.

E este dom sacrossanto? A glória. Nos céus do amor, a glória é cristã. E fiel, porque pronunciada com alma e entusiasmo sublimes, deitados eternamente em berço esplêndido.

Quem negará que é amor o olhar errante pelo horizonte que nem daqui se avista? Pois que horizonte seja lembrança, confiança e esperança. Passado, presente e futuro em um sorriso doce e singelo de Monalisa, a desafiar os que pensam que só se amam os que sempre se tocam.

Porque tocar corações diariamente com palavras também é afagar almas banhadas por sonhos de prata. E ela aguarda com paciência o dia que prata virar ouro e escorrer por seus dedos a provar que valeu a pena cultivar amores cristãos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Pra você não dizer que não li seus textos....rsrs
Muito muito lindo. Impossível haver uma maneira mais sensível de traduzir essa história em palavras. Obrigada.
beijos Marina